Em 2010, o rugby, o baseball, o frisbee, o badminton e o tchoukball devem chegar a mais de 485 mil alunos do 2º ano do Ensino Médio da rede estadual de educação. As modalidades esportivas, pouco conhecidas no Brasil, constam desde 2008 na proposta curricular das escolas estaduais desenvolvida pela Secretaria de Estado da Educação e já fazem sucesso em algumas regiões do Estado.
A orientação da Secretaria é que os professores promovam a experiência com os esportes alternativos sugeridos e os apliquem durante o 3º bimestre do 2º ano do Ensino Médio. A ideia é não restringir as experiências dos alunos às quatro modalidades esportivas tradicionais da Educação Física Escolar (Futsal, Handball, Basketball e Voleyball). Nos cadernos do Aluno e do Professor deste ano, haverá instruções específicas para cada um dos esportes alternativos.
Tchoukball ganha destaque em Avaré
Ensinar uma nova modalidade esportiva às crianças não é tarefa fácil para os professores de Educação Física, principalmente devido ao fascínio gerado pelo futebol no país. Porém, em Avaré, um professor decidiu inovar e chamou os alunos para assistir a um DVD sobre um jogo de nome curioso, criado na década de 1960 pelo biólogo suíço Hermann Brandt e que ficou conhecido como o "esporte da paz", por não permitir o contato físico entre os competidores.
"Coloquei um vídeo com algumas partidas de tchoukball e imediatamente os alunos se mostraram atraídos pelo esporte", conta Odair Antônio Ferrazzini, de 53 anos e há 20 trabalhando como professor na Escola Estadual Dona Maria Isabel Cruz Pimentel, em Avaré.
O interesse de Odair pelo Tchoukball nasceu há seis anos, quando recebeu informações sobre o esporte de outro professor da rede estadual que havia participado de um congresso em Foz do Iguaçu. "Sempre gostei de esportes alternativos e esse é um esporte democrático. Mesmo quem não leva jeito para a prática acaba gostando", revela o curioso professor.
Depois das vídeo-aulas, Odair passou a ensinar as regras do tchoukball para os estudantes do Ensino Médio. Regras simples e a facilidade de colocar o esporte em prática contribuíram para sua aceitação. "Ele é fácil de ser aprendido e não demanda grande aparato técnico", diz a professora Maria Elisa, da Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (CENP).
Para incluir todos os alunos no esporte, Odair primeiro determinou que todos os jogadores teriam de pegar pelo menos uma vez na bola antes do arremesso às traves de remissão. "Conseguimos envolver os alunos e o resultado foi a adesão de mais de 100 estudantes no esporte. Eles até aproveitam os horários vagos para jogar o tchoukball", conta o professor.
Regras básicas
Para praticar o tchoukball, são necessárias, no mínimo, 14 pessoas – sete para cada time. O terreno, ou quadra, tem que ter 40 metros de comprimento por 20 de largura. Em cada extremidade há uma quadra de remissão, parecida com uma pequena cama elástica (1mx1m), e que deve ficar inclinada 55º em relação ao solo. Em frente a cada quadro deve ser demarcado um meio círculo, chamado de zona proibida. A bola é a mesma usada no handball.
Os jogadores podem trocar, no máximo, três passes antes de arremessar a bola ao quadro de remissão. A outra equipe deve se posicionar de modo a recuperar a bola antes de ela atingir o chão, após ser ricocheteada pela rede. Caso contrário, o ponto vai para quem arremessou. Outra inovação do esporte é o fato de ambas as equipes poderem arremessar a bola em qualquer um dos quadros, o que torna o jogo mais estratégico. O thoukball está contemplado nos cadernos de professor e de aluno para a 2ª série do Ensino Médio como exemplo de esporte alternativo.
Fonte: Educacaofisica.com.br
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