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A introdução de Lutas na Educação Física Escolar







A escola é para muitos o primeiro contato com o mundo exterior ao convívio restrito a família. E é nela onde inicia-se o primeiro contato com as brincadeiras e jogos em grupo. Entretanto alguns personagens que fazem o dia-a-dia escolar como, por exemplo, professores, pais, gestores, funcionários, alunos, entre outros. Atuar com lutas e artes marciais dentro da escola como parte do currículo um primeiro momento pode assustar, visto que é um tema pouco abordado e confundido muitas vezes com violência.

A meta do trabalho na escola não é fazer a garotada lutar seguindo à risca as regras pertinentes a cada prática. O importante mesmo é garantir uma diversidade de propostas de atividades - combinando pesquisa, conhecimento de regras e, é claro, muito movimento.

Ao proporcionar essas vivências diversas, o docente permite à garotada conhecer novas possibilidades de movimentos, o que contribui para que a memória corporal da turma ganhe outros elementos, diferentes dos tradicionalmente realizados em jogos, como o futebol.

Na prática, isso quer dizer elaborar aulas que explorem habilidades motoras e capacidades físicas que envolvam os seguintes aspectos: força, flexibilidade, equilíbrio e desequilíbrio, agilidade e corrida ou saltos. Esses são os elementos básicos para qualquer luta. Sendo assim, vale convidar os estudantes para experimentar um desafio de queda de braço ou para uma briga de dedão, em que os oponentes dão as mãos, mantendo os polegares levantados e, com o braço apoiado em uma mesa, tentar abaixar o dedão um do outro, por exemplo. O importante é levá-los a compreender quão fundamental é, em ambos os casos, empregar a força para vencer ao mesmo tempo em que é fundamental não se descuidar do equilíbrio. Sem se esquecer também de deixar claro que violência e deslealdade são alvos de punição.

Há muitas outras atividades que você pode propor aos alunos para trabalhar as habilidades exigidas pelas lutas. É possível, inclusive, inventar algumas e convidar os alunos a fazer o mesmo.

As que privilegiam o equilíbrio são as que têm como desafio manter o corpo estável mesmo diante de quedas e de tentativas de deslocamento do adversário. Práticas que exigem força devem fazer com que a musculatura vença a resistência para realizar algum movimento, como empurrar, elevar, apertar e segurar. Atividades que envolvem agilidade ou rapidez são as que pedem capacidade de deslocamento, tempo de reação curto entre o estímulo recebido e o movimento realizado. Já as que têm como foco a flexibilidade exigem movimentos amplos que atinjam maior amplitude articular para sustentar algumas posturas, como as de chutes.

Para treinar a força, por exemplo, a turma pode praticar o cabo de guerra e, para o equilíbrio, vivenciar atividades que exijam ficar em uma perna só e ao mesmo tempo derrubar o adversário com algum tipo de golpe.

Ao combinar exercícios que exigem diferentes capacidades físicas, como força e elasticidade, e outras habilidades motoras, como correr, rastejar e pular, você ajuda os alunos a aprofundar seus conhecimentos sobre o próprio corpo e a respeito dos movimentos que são capazes de fazer. E contribui para o desenvolvimento do processo de aceitação da disputa como um elemento das competições, e não como uma atitude de rivalidade frente aos colegas.

A luta na escola tem por objetivo, não só a preparação técnica dos alunos, mas também trabalhar de uma forma pedagógica por uma visão holística, adaptada aos moldes de uma educação ocidental.

Para as crianças a prática de lutas na escola contribuem para:

Controle muscular;
Aperfeiçoamento do reflexo;
Desenvolvimento do raciocínio;
Equilíbrio mental;
Reforço do caráter e da moral;
Fortalecimento da auto-confiança;
Respeito aos companheiros.

Aos jovens, as lutas propiciam:

Cuidar beneficamente do físico e do caráter;
A transformação da disciplina;
O equilíbrio mental;
Tratar o semelhante com respeito e humildade;
Torná-lo útil à sociedade.

As crianças e os jovens necessitam experiências para dominar situações novas, evitando inibições, entraves no desenvolvimento e alterações degenerativas nos neurônios cerebrais.


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