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Psicomotricidade como facilitadora de aprendizagem





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A psicomotricidade ocupa um lugar importante na educação infantil, sobretudo na primeira infância, em razão de que se reconhece que existe uma grande interdependência entre os desenvolvimentos motores, afetivos e intelectuais. A psicomotricidade é a ação do sistema nervoso central que cria uma consciência no ser humano sobre os movimentos que realiza através dos padrões motores, como a velocidade, o espaço e o tempo.


A harmonia do desenvolvimento com todos os seus componentes é tão importante quanto a aquisição de tantas performances numa determinada idade, ou de tantos centímetros.. Não se trata para a criança de realizar uma corrida de obstáculos, o mais rapidamente possível, mas desenvolver  seu corpo e sua mente de maneira equilibrada. Entretanto, no momento em que certas aquisições, tais como a linguagem, por exemplo, se desenvolvem rapidamente, os progressos em outras áreas estacionam: é preciso compreender que a criança não pode centrar seus esforços em todos os setores ao mesmo tempo.

Vamos acompanhar como e o desenvolvimento infantil em diferentes idades

. No nascimento: o recém-nascido apresenta particularidades surpreendentes. Incapaz de movimento voluntário organizado, apresenta reações automático-reflexas bastantes complexas;

. A partir do 1º mês: segue as coisas pelo olhar, parece distinguir muito precocemente certas formas e cores e apresenta uma reação de atenção exata ao olhar do outro, deixando de chorar quando alguém se aproxima, havendo uma reação entre a criança e o ambiente humano, fazendo com que se situe precocemente a socialização;

. No 2º mês: ele segue com  os olhos uma pessoa que se desloca e começa a sorrir aos rostos familiares, emite sons vocais, brinca com suas mãos, as examina, fazendo com isso interessar-se pelos personagens humanos e por si mesma;

. No 3º mês: estabelece a primeira comunicação através do sorriso recíproco e se não faz ainda gestos intencionais, sai do estágio de reflexo;

. No 4º mês : começa a tocar, manipular os objetos, aproximando-os para pegar, esconde o rosto, ri alto, volta a cabeça para olhar uma pessoa que o chama, começando a orientar-se no espaço;

. No 5º mês: pega o objeto que esteja ao seu alcance, manipula-o, consegur conservar-se quando sentada com apoio. A visão do mundo muda quando senta-se e ao desenvolver a apreensão, podendo a partir daí ver o conjunto do corpo do outro e chegar a exploração espacial;

. No 8º mês: joga os objetos longe. Neste mês a presença e ausência, as aceitações e a rejeição têm muita simbolização, a criança estabelece a permanência do objeto e de si mesma, atingindo uma fase importante. A crise de angústia aparece quando sua mãe não está perto ou quando se apresenta no lugar da mãe um rosto estranho quando não a satisfaz. A presença da mãe é agora desejada mesmo fora dos momentos de necessidade. Sua presença não é mais a de alguém, como no 3º mês, mas personalizada e identificada;

.No 9º mês: há instituição da memória, da percepção do afastamento, do fora de alcance. Pega os objetos escondidos à sua frente. A primeira palavra serve para dar nome a tudo; 

. No 10º mês: se coloca em pé sozinha, bebe com um copo, repete um som ouvido e interrompe um ato ao ouvir uma ordem. O desenvolvimento subsequente mostrará, com o desenvolvimento da marcha e da linguagem, a automatização cada vez maior do sujeito e do domínio do espaço físico e simbólico. 

. Aos 21 meses (1 ano e 9 meses), dará nome a duas imagens, constituindo frases de muitas palavras. É nesta idade que se adquire definitivamente a noção de totalidade corporal;  as partes do corpo são contudo, designadas em um desenho aos 26 meses  .

. Aos 2 anos : começa a realizar exercícios, diariamente conseguindo através deles a fixação e, mais tarde, a mecanização de movimentos recentemente aprendidos, como o andar e o adestramento manual. Alcança também o controle dos esfíncteres. Seus movimentos associados persistem;

. Aos 3 anos: a atividade manual apresenta-se com maior exatidão, os gestos são cada vez mais diferenciados e persistem o aperfeiçoamento da coordenação visomotora. Já segura o lápis com mais preensão;

. Aos 4 anos: a criança aprende a manejar a tesoura. Não há ainda a dissociação manual, e as dissociações digitais ocorrem nos movimentos de preensão delicados, em forma de pinça, alcançados normalmente, durante o ano e em tarefas em que dedos tenham valor conjunto ou sejam dissociados de fina precisão.  Algumas tarefas do jardim de infância requer do pré escolar movimentos delicados dos dedos, que exigem independência entre uns e outros, ela se realiza por meio de grande esforço, imprecisão e fadiga imediatamente. A etapa pré escolar que começa aos 4 anos, é na realidade, em período de maturação intelectual e motor, na qual se apóiam as duas funções esboçadas nos 3 primeiros anos. A aquisição da precisão de movimentos é realizada de uma forma lenta. Esta lentidão é mais acentuada no começo da etapa pré escolar, dos 4 aos 5 anos, porque constitui um meio de controle voluntário dos movimentos impulsivos sob cujo domínio o dinamismo manual em, atividades de pouco deslocamento (recorte, colorido, etc...) Não pode estar bem dirigido.

. De 5 a 6 anos: os controles que a criança já conseguiu adquirir e afirma-se pelo exercício dão lugar às complexas tarefas escolares, nas quais as simultaneidade de movimentos exigidos, solicitará dela um esforço enorme de caráter psicomotor, em que a atenção terá um papel tão importante quanto as capacidades motoras;

. Criança de 6 anos: os termos direita e esquerda já conseguem ser identificadas.;

. Aos 12 anos: a discriminação direita e esquerda tem íntima relação com o quociente de inteligência e com a idade. A maturação da noção direita-esquerda no esquema corporal é requinto para a orientação direita-esquerda exata no espaço e para criar os hábitos direcionais constantes, necessários para a criança dominar a leitura.

Os processos motores e sensoriais permitem à criança tomar consciência de seu próprio corpo e formar sua "imagem corporal" isto é, de se reconhecer como pessoa. O desenvolvimento sensorial é o meio essencial da tomada de consciência do meio ambiente.

Portanto, usar atividades de psicomotricidade para facilitar todo esse desenvolvimento é um excelente recurso.
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