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Plano de Aula: Circuitos para reflexão sobre o corpo e os movimentos





Objetivos
- Analisar e refletir sobre o corpo e os movimentos
- Conhecer limites e possibilidades de movimentação do corpo.
- Aprender a controlar gradualmente o movimento do corpo.
- Ampliar o repertório motor.

Conteúdos
- Reconhecimento dos limites do corpo.
- Exploração das possibilidades de movimento do corpo.

Anos
1° e 2°.

Tempo estimado
Oito a dez aulas.

Materiais necessários
Colchonetes, cordas, bambolês e cones.

Flexibilização
Para alunos com deficiência física (nos membros inferiores)
Na roda, faça com que todos se sentem em cadeiras, para que fiquem na mesma altura do colega que está na cadeira de rodas. Peça que o aluno com deficiência física fale sobre os movimentos que consegue fazer e conte como adapta os movimentos que não consegue realizar. Durante a 3ª etapa, o aluno precisará da sua ajuda para rolar no chão e da ajuda dos colegas, que podem guiar a cadeira do aluno pelo circuito de cones. Este aluno também pode ser desafiado a empurrar a própria cadeira dentro de um limite proposto com cordas colocadas paralelamente. Também é recomendável propor atividades que possam ser cumpridas com o aluno no chão, em colchonetes, que estimulem os movimentos possíveis para a criança com deficiência nos membros inferiores. A montagem dos circuitos em grupo pode ser uma boa chance para que os colegas experimentem alguns movimentos que são comuns para a criança com deficiência. Sempre estimule novos desafios e as potencialidades do seu aluno, inserindo-o no grupo.

Desenvolvimento
1ª etapa
Sente com os alunos em uma roda e converse sobre as possibilidades de movimentação do nosso corpo. Pergunte quais movimentos eles costumam realizar no dia a dia quando acordam (como o espreguiçar), ao escovar os dentes, ao caminhar até a escola ou quando brincam com os colegas. Sugira que as crianças se levantem, experimentem esses movimentos e falem quais as partes do corpo são acionadas para a realização de cada um deles. Com a turma espalhada pela quadra ou pelo local em que ocorre a aula, dê comandos para que realizem os movimentos discutidos, como se espreguiçar, caminhar, saltar, entre outros. Também estimule os alunos a criar movimentos novos a partir dos que foram experimentados.

2ª etapa
Pergunte como os animais se deslocam. Ouça os exemplos das crianças e questione como esses movimentos podem ser imitados. Com a turma espalhada pela quadra ou pelo local em que ocorre a aula, solicite que realizem os movimentos de diferentes animais. Diga para se posicionarem como se estivessem dentro de um ovo, tal e qual um pintinho antes de nascer. Em seguida, estimule-os a imitar desde o nascimento do pintinho até sua transformação em galo ou galinha. Agora, pergunte aos alunos sobre como dormem, comem, correm ou se espreguiçam os animais que conhecem. Comece pelos animais domésticos (cachorros, gatos etc.) e, depois, fale dos animais de fazendas (porco, vaca, ovelha, pato etc.), sempre pedindo para a criançada imitá-los. Vale também imitar animais que seriam vistos em um safári na África, por exemplo, caso de leões ferozes e girafas enormes, ou, então, aqueles que habitam a floresta Amazônica, como macacos saltitantes e jacarés de bocas enormes ao espreguiçar ao nascer do sol.

3ª etapa
Para explorar e desenvolver ainda mais as habilidades motoras da meninada, monte um circuito de atividades com materiais simples. Organize as estações de modo que os alunos possam vivenciar diversos movimentos a partir de diferentes desafios: equilibrar-se sobre uma corda (ou sobre uma linha desenhada com giz), subir em um banco de madeira e saltar (ou saltar por cima de colegas deitados no chão), desviar de cones (ou de garrafas plásticas com água) dispostos em linha reta, saltar dentro de bambolês (ou dentro de círculos desenhados com giz) e rolar sobre colchonetes (ou sobre grama ou outro piso macio). Primeiramente, deixe que os alunos percorram o circuito utilizando os movimentos que quiserem. Depois, indique quais movimentos são os pretendidos nessas atividades. Em seguida, faça com as crianças a associação dos movimentos vivenciados no circuito aos utilizados cotidianamente pelos alunos. Não esqueça de permitir que os alunos proponham variações, como equilibrar-se sobre a corda andando de costas, saltar dentro dos bambolês com apenas um dos pés ou transpor o banco sem tocá-lo. Por fim, peça que realizem o circuito também com os olhos vendados para estimular o desenvolvimento da percepção por meio de outros sentidos (que não seja a visão), de modo a desenvolver mais a sensibilização corporal. Por fim, proporcione momentos de socialização das experiências.

4ª etapa
Agora será a vez de as crianças sugerirem as atividades e os movimentos em um novo circuito de habilidades. Separe os alunos em grupos para que cada um crie um circuito diferente a ser vivenciado pelos colegas. Após a vivência dos circuitos, compare os movimentos e os desafios propostos por cada grupo, discuta sobre as diferenças entre eles e de onde surgiu a ideia para aqueles movimentos. Proponha também que a criançada construa, com base nas ideias anteriores dos grupos, um único circuito para que todos o experimentem. Apresente os materiais disponíveis e ressalte que a ideia é variar ainda mais os tipos de saltos, rolamentos e deslocamentos. Acompanhe um pouco da criação do novo circuito e assista a uma execução completa dele. Finalize com uma conversa e a produção de um quadro com legendas para registrar os movimentos vivenciados durante as aulas, tanto os sugeridos pelo professor como os criados pelos alunos, de modo que possam comparar o que sabiam e o que aprenderam.

Avaliação
É importante observar se os objetivos propostos para estas aulas foram gradativamente compreendidos e atingidos pela turma. Tenha atenção especial nos momentos de socialização das experiências motoras e, por fim, no momento da realização do registro coletivo das atividades, pois pode ser necessário reajustar as propostas para se adequar às especificidades da turma ou planejar atividades futuras.

Fonte


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