Nesses dias malucos, em que ficamos preocupados com a falta de companheirismo, em que a individualidade cresce cada vez mais e nossos alunos têm muita dificuldade para trabalhar em equipe, aceitar as diferenças e respeitar as decisões tomadas em grupo, é importante desenvolvermos neles a cooperação e o respeito.
Para que um grupo possa se constituir, é fundamental que se estabeleça uma relação de respeito mútuo, na qual o professor é o maior exemplo. Respeitar significa aceitar a individualidade de cada um, sua forma de expressão e sua aparência, sua origem, suas escolhas e opiniões, seus limites e sentimentos. Respeitar não implica em concordar com o outro ou elogiar qualquer tipo de conduta, mas em não desqualificar, menosprezar, ridicularizar ou impor opiniões.
O professor deve ter consciência de que os alunos têm ritmos diferenciados e seguem processos distintos em seu desenvolvimento, e que o ritmo de seu grupo não é a somatória de todos os ritmos individuais, mas algo que foi construído através das experiências adquiridas por aqueles que o constituem.
O respeito dentro de um grupo é alcançado e se consolida quando vínculos são estabelecidos e limites são preestabelecidos. Ele não brota rapidamente. É como uma planta que precisa ser posta em solo fértil, regada e cuidada para que floresça e dê frutos.
A melhor forma de desenvolvermos a cooperação é através de atividades em que os alunos vivenciem situações em que dependam uns dos outros. A troca de experiências e a ajuda mútua fazem com que o laço de amizade entre os participantes se consolide cada vez mais.
MÃO-AMIGA
Um bom exemplo desse tipo de atividade é a mão-amiga.
O professor monta um circuito no qual os alunos têm de passar por cima de bancos, por baixo de cordas, saltar sobre objetos, etc.
Nessa atividade, os alunos formam duplas. Um deles está de olhos vendados e o outro é seu guia, levando-o pela mão e dando-lhe indicações do que deve fazer. Ao final do circuito, os papéis são invertidos (o aluno que era o guia tem os olhos vendados e vice-versa). Após todas as duplas concluírem o circuito, os alunos, sentados, expõem todas as sensações que tiveram enquanto estavam realizando a atividade. Essa troca de sentimentos é muito positiva para desenvolver a cooperação.
Depois que todos relataram o que sentiram durante a atividade, o professor deve resgatar esse princípio: devemos ajudar as pessoas que estão à nossa volta.
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