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Metade das escolas estaduais do RS não tem estrutura para educação física






A morte de mais uma criança atingida por uma trave de gol no Rio Grande do Sul ligou o sinal de alerta para pais e educadores. Segundo a Secretaria Estadual da Educação, mais da metade das 2,5 mil escolas da rede estadual não tem estrutura adequada para as aulas de educação física. A situação, semelhante nas escolas municipais, é preocupante, como mostra a reportagem do RBS Notícias (veja o vídeo).

Na tarde desta sexta-feira (3), foi enterrado o corpo do menino de oito anos que morreu depois de ser atingido por uma trave na quinta-feira (2), em Ernestina, no Norte do estado. O acidente ocorreu durante uma aula de educação física e foi o segundo registrado este ano no estado. Em maio, outro menino de oito anos perdeu a vida da mesma forma, em uma escola de São Pedro do Butiá, no Noroeste.

A Secretaria da Educação de Ernestina abriu uma sindicância para investigar o acidente ocorrido no campo de futebol utilizado pela escola da Escola Municipal Osvaldo Cruz. Por precaução, resolveu vistoriar também os outros colégios. "A gente está revisando nossas escolas, que foram reformadas há pouco tempo" diz a secretária Joana Salete Altmann.

Na rede estadual de ensino, os problemas na estrutura também chamam a atenção. Pelo menos metade das escolas estaduais não oferecerem condições ideais para atividades esportivas. Uma escola com 800 alunos de Porto Alegre, por exemplo, não tem nenhuma quadra coberta.

Além da falta de proteção contra a chuva e o frio, o piso áspero do pátio frequentemente expõe aos alunos as acidentes e machucados. "Toda vez que chove, o pátio fica todo molhado e tem mais quedas em função disso. Tem aluno que quebrou o braço, esfolou a perna", conta a diretora da escola, Tatiana Pinto dos Santos.

A Secretaria Estadual da Educação admite ter dificuldade para atender as demandas de todas as escolas. "Metade, por serem prédios antigos, estão em vistas de adequações. Mas eu diria que as adequações plenas não estão contempladas", afirma o diretor administrativo da Seduc, Cláudio Sommacal.

Para a Federação das Associações de Pais e Mestres, a fiscalização do espaço escolar dever ser responsabilidade de todos. "Eu dividiria essa responsabilidade com a escola propriamente dita e com a própria comunidade. Se os pais participassem mais, seriam mais críticos", opina a vice-presidente da associação, Berenice Cabreira da Costa.


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