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Desevolvimento da inteligência corporal na Ed Fisica Escolar







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Diante da complexa e instigante tarefa de compreender a inteligência humana, as questões relacionadas ao seu desenvolvimento histórico e biológico assumem importância fundamental para a vida do ser humano. Há muitos, discute-se com ansiedade, a partir das diferentes áreas do conhecimento, o mistério e as tendências sobre a mente humana, o que tem gerado estudos multidisciplinares, o que revela a abrangência dessa concepção marcada pela ciência em diversas esferas. A busca constante de estimular o desenvolvimento da inteligência para construção e novas aquisições de conhecimento vem sendo um fator importante a ser desenvolvido pelos educadores e pesquisadores no contexto mundial.

Esta concepção tem sido alvo de muitas indagações em sala de aula, sobretudo pelo fato de identificarmos alunos bem sucedidos em outras áreas que não se saem bem nas aulas de educação física evice-versa. É possível perceber que existe falta de diretrizes para incentivar as potencialidades do aluno e conseqüentemente ajudá-lo a desenvolver competências e habilidades que se encontram adormecidas. Na trajetória desta pesquisa, buscaram-se respostas que possam auxiliar o trabalho de estimulação de alunos.


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O conceito de inteligência vem sendo rediscutido principalmente nos últimos 20 anos e sua pertinência na área da Educação vem sendo demonstrada, sobretudo, em como auxiliar o trabalho de formação de novos profissionais.

Como as pesquisas sobre essa nova teoria das inteligências são relativamente recentes no mundo acadêmico, dado que o primeiro livro da nova fase de estudos sobre a inteligência foi publicado por Gardner em 1983 e sua tradução no Brasil somente editado em 1994, muitas de suas aplicações e resultados ainda estão por ser investigados e avaliados.

Neste estudo, encontram-se relacionadas questões da aprendizagem vivenciadas na escola com a possibilidade de se proporcionar a estimulação da inteligência, em especial nas aulas de Educação Física, as quais podem favorecer as manifestações da Inteligência corporal cinestésica. Nesse contexto, ressalta-se, a possibilidade de estimular a inteligência corporal cinestésica e sua relação no processo de ensino aprendizagem do aluno, que poderá contribuir para seu desenvolvimento psicomotor.

Tomando-se por base essas considerações, abordamos a inserção desta pesquisa na teoria das Inteligências Múltiplas e como ela pode ser integrada ao processo de ensino - aprendizagem. A capacidade de resolver problemas, tomar decisões e trabalhar em equipe pode ser relacionada à definição de inteligência de Gardner (1983), que ainda acrescenta a criatividade ao conjunto de características da inteligência, utilizando diferentes linguagens para manifestação de seu espectro de habilidades e competências.

Os subsídios teóricos desta pesquisa estão baseados em pressupostos de autores e pesquisadores que se dedicam à teoria das inteligências múltiplas, jogos e sua estimulação no contexto da prática da Educação Física escolar.

A definição das Inteligências Múltiplas (IM)

Gardner tem se dedicado, nos últimos anos, ao estudo de duas vertentes principais: o desenvolvimento das capacidades simbólicas, principalmente artes, em crianças normais e em crianças superinteligentes - pesquisa realizada no Harvard Project Zero - e a perda das capacidades cognitivas em indivíduos sofrendo de mau funcionamento cerebral, desenvolvida no Boston Veterans Administration Medical Center e na Boston University School of Medicine. Gardner desenvolveu em seu livro, Frames of Mind: The Theory of Multiple Intelligences, uma teoria que ele chamou de "Inteligências Múltiplas", construída a partir da comparação entre testes de QI e desempenho, em que focaliza o homem e sua relação com os diversos sistemas simbólicos, como a escrita e as imagens.

O autor busca superar a noção comum de inteligência como uma capacidade geral ou potencial em maior ou menor grau, além de questionar a assunção que a inteligência, independentemente de sua definição, pode ser medida por meio de instrumentos verbais padronizados tais como respostas-curtas e testes com lápis e papel. Seu ponto de vista considera que a cognição humana, para ser estudada em sua totalidade, precisa abarcar competências que normalmente são desconsideradas e que os instrumentos para medição dessas competências não podem ser reduzidos a métodos verbais que se baseiam fortemente em habilidades lingüísticas e lógico-matemáticas.

De acordo com Gardner (1995), o conceito sobre as inteligências múltiplas pluraliza a definição tradicional de inteligência, potencializando e explorando a capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos que são mais importantes num determinado ambiente ou comunidade cultural. Nesse aspecto, a linguagem, pode manifestar-se em determinada forma de solução de problemas vinculada ao estímulo cultural, como escrita em uma cultura, como oratória em outra, e como linguagem secreta dos anagramas numa terceira. Apesar de não haver hierarquia, as inteligências aqui serão descritas de forma ordenada, sem que essa ordem tenha alguma prioridade específica.

Gardner (1995) aponta a inteligência corporal cinestésica como sendo o ato de controlar o próprio corpo e manusear objetos com habilidade. Isto é, por meio dos movimentos encontrarem soluções nas situações-problema que aparecem o tempo todo, seja nas suas ações cotidianas, seja em atividades específicas vivenciadas nas aulas práticas de Educação Física. Elaborar produtos está relacionado com criar respostas novas para situações imprevistas. Porém, para que se possa estimular esta inteligência, o ambiente deve propiciar situações-problema. Sobre isso, diz-nos Gardner (1994, p. 183):

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(...) o corpo é mais do que simplesmente uma outra máquina, indistinguível dos objetos artificiais do mundo. Ele é também o recipiente do senso de eu do indivíduo, seus sentimentos e aspirações mais pessoais, bem como a entidade à qual os outros respondem de uma maneira especial devido às suas qualidades humanas.

Ao estabelecer relação entre a Inteligência Corporal Cinestésica e os conteúdos trabalhados nas aulas de Educação Física, como, por exemplo, controle de movimento, aperfeiçoamento das habilidades motoras e capacidades físicas, não significam somente mostrar alto desempenho em um domínio, mas também resolver problemas, criar e recriar manifestações da cultura a partir do potencial de cada um, o que pode indicar novas abordagens para a prática pedagógica. Neste sentido, o movimento criativo, o repertório motor mais amplo e a solução de problema, também representam a manifestação da inteligência corporal cinestésica e por isso deve ganhar suma importância no desenvolvimento da Educação Física escolar.

Vários são os autores que defendem a Teoria das Inteligências Múltiplas. Acreditando nesta teoria Antunes (2007), apresentou estudos onde foi possível classificar uma série de jogos para a estimulação das Inteligências apresentadas por Gardner. Antunes (2007) classificou os jogos para a Inteligência Corporal-cinestésica, utilizando linhas de estimulação como a motricidade, associada à coordenação motora e a atenção, a coordenação viso-motora e tátil, a percepção de formas e percepção tridimensional, a percepção de peso e tamanho e jogos estimuladores do paladar e da audição.

Os jogos e o desenvolvimento da aprendizagem

A origem dos jogos e seus desdobramentos na evolução humana fizeram parte de sua história, considerando os rituais como festivos e sagrados, responsáveis pelo seu surgimento. Segundo Carneiro (2003), o jogo é uma atividade universal que, em diferentes épocas, divertiu e ensinou adultos e crianças de diferentes povos. Ao longo de sua história, os jogos foram se transformando sucessivamente pelas atuações dos indivíduos, por suas culturas e evolução da tecnologia.

O jogo tem sido pesquisado por estudiosos das representações mentais no decorrer da sua evolução, baseados na psicologia genética em autores como Piaget, Vygotsky, Wallon, Bruner pesquisadores que se dedicam à análise das representações sociais acerca da concepção de jogo dentro de uma perspectiva interdisciplinar, estudos de natureza etnográfica, histórica e pedagógica tem sido desenvolvidos (KISHIMOTO, 1994). Antunes (2007) destaca que o jogo expressa um divertimento, brincadeira, passatempo sujeito a regras que devem ser observadas quando se joga. Além de ser como um estímulo ao crescimento, como uma astúcia em direção ao desenvolvimento.

A natureza do jogo é importante na medida em que proporciona uma junção de atividades variadas, em contextos sócio-culturais igualmente variados, possibilitando que o jogo seja analisado em suas relações com o desenvolvimento psicomotor e suas implicações no âmbito educacional, permitindo-nos inferir, como no caso da afirmação de Kishimoto (1994), sobre as variadas manifestações do jogo, a multiplicidade de papéis que ele assume e o grau de importância que apresenta. O jogo é uma forma particularmente poderosa para estimular a vida social e a atividade construtiva do aluno, favorecendo ainda a construção de estruturas mentais mais elaboradas.

Psicomotricidade

A psicomotricidade inicialmente compreendia o corpo nos seus aspectos neurofisiológicos, anatômicos e locomotores, coordenando-se e sincronizando-se no tempo e espaço. Hoje, a psicomotricidade é o relacionar-se por meio da ação, como um meio de tomada de consciência que une o ser corpo, o ser mente, o ser espírito, o ser natureza na sua totalidade. Diversos autores apresentaram conceitos relacionados à Psicomotricidade, destacam-se Jean Le Boulch, André Lapierre, Bernard Aucouturier, Piaget, Ajuriaguerra, Vitor da Fonseca, além de outros. Sua definição é extremamente objetiva, como nos aponta Mello (1996) "uma ciência que tem por objetivo o estudo do homem, através do seu corpo em movimento, nas relações com seu mundo interno e externo".

Nesse sentido, a psicomotricidade está associada à Educação física e ao seu desenvolvimento afetivo, cognitivo e psicomotor. A psicomotricidade conquistou, assim, uma expressão significativa, já que se traduz em solidariedade profunda e original entre o pensamento e a atividade motora. Vitor da Fonseca (1988) aborda que a psicomotricidade é atualmente concebida como a integração superior da motricidade, produto de uma relação inteligível entre a criança e o meio. É um instrumento privilegiado por meio do qual a consciência se forma e se materializa.

Vale ressaltar a importância da psicomotricidade nas aulas de Educação Física, uma vez que, através de atividades afetivas, cognitivas e psicomotoras, constitui-se num fator de equilíbrio para os alunos, expresso na interação entre o espírito e o corpo, a afetividade e a cooperação, o indivíduo e o grupo promovendo a totalidade do ser humano.

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