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Inclusão na Educação Física Escolar






Existem muitas discussões sobre a importância da inclusão e integração do aluno com necessidades educativas especiais, no âmbito da escola regular e nas aulas de Educação Física. Hoje no contexto social em que vivemos as pessoas com necessidades educativas especiais, são considerados incapazes e ineficientes.

    Olhando em um novo paradigma, a pessoa com necessidades educativas especiais tem que ser vista e aceita pelas suas possibilidades e não pela suas incapacidades.

    Depois da família a escola é o espaço fundamental para o processo de socialização da criança. No caso específico da Educação Física é necessário que os profissionais envolvidos com a Educação Física adaptada produzam conhecimentos que tragam contribuições para modificar o contexto social que vive as pessoas com deficiência. Para Carmo (2002), cada vez menos pessoas estão sendo envolvidas nas aulas de Educação Física, isto é, tendo oportunidades somente aqueles que são mais aptos, os melhores e os mais próximos do mundo dos iguais.

    A Educação Física vem resgatar uma educação para todos, principalmente no que se refere aos alunos que apresentam necessidades especiais permanetes ou não. Dando oportunidades ao aluno, com necessidades educativas especiais de conhecer suas possibilidades e vencer seus limites, facilitanto a sua participação sempre que possível nas aulas de Educação Física, promovendo a interação entre todos os alunos.

    No primeiro capítulo tratamos da questão da deficiência ressaltando sobre a importância do corpo, os tipos de deficiência, físicas, visuais, auditivas, mental e a deficiência múltipla. Já no segundo, abordamos a questão da inclusão ressaltando a importância de incluir e integrar o aluno com necessidades educativas especiais no âmbito da escola regular. No terceiro apresentamos propostas de atividades inclusivas e muitas que podem ser adaptadas para melhor incluir o aluno com necessidades educativas especiais nas aulas de Educação Física.


1. A questão da deficiência

    Pensar sobre as possibilidades do corpo é refletir sobre o ser humano e sua condição de se comunicar por meio do movimento, expressão, gestos, da fala, do olhar, do toque, é tratar de todas as posses que ele nos oferece. (GAIO e PORTO apud MARCO, 2006).

    Para Gaio e Porto (apud MARCO, 2006) o que diferencia os seres humanos dos outros seres que habitam este planeta é o fato de termos um corpo com tantas possibilidades. Pensar, sentir, agir, criar, dialogar, relacionar-se e entre tantas outras particularidades, sendo capaz de se adaptar as mais diversas situações da vida.

    Meneghetti (2004, p. 105 apud GAIO e PORTO in MARCO, 2006 p. 11), refletindo sobre a constituição do ser humano diz: "o corpo é o todo. É no corpo que somos o que somos. É nele que nossa individualidade se apresenta e, ao mesmo tempo, é na sua integralidade que nos apresentamos inteiro".

    Sobre esse corpo complexo que cada ser humano é, Sant' Anna (2001, p. 3 apud GAIO e PORTO in MARCO 2006 p. 11) diz:

Território tanto biológico quanto simbólico, processador de virtualidades, campo de forças que não cessa de inquietar e confortar, o corpo talvez seja o mais belo traço da memória da vida. Verdadeiro arquivo vivo, inesgotável fonte de desassossego e de prazeres, o corpo de um individuo pode revelar diversos traços de sua subjetividade e de sua fisiologia, mas, ao mesmo tempo, escondê-los.

    De acordo com Gaio e Porto (apud MARCO 2006) o corpo é, assim, presença constante na vida de cada ser humano, desde o nascimento até a morte; pelo fato de estar sempre em construção e transformação advindas das experiências vividas de cada um, dificilmente o corpo chega a ser conhecido de modo tal.

    Considerando os seres humanos como corpos, aqueles que apresentam incompletos em sua estrutura biológica são denominados de deficientes. São considerados incapazes e ineficientes diante do mundo de trabalho, do espaço da educação e do direito do convívio com seus pares em momento de lazer. (GAIO e PORTO apud MARCO, 2006).

    Esses corpos deficientes apresentam ausência de membros, olhos e ouvidos com funcionalidade baixa, medulas lesionadas, capacidade intelectual bem pequena. São corpos que nasceram ou adquiriram incapacidades para andar, falar, ouvir, enxergar e raciocinar. Deve ser foco da nossa atenção não somente discutir sobre esses corpos, mas como melhor entendê-los e atendê-los. (GAIO e PORTO apud MARCO, 2006).

    Acredita-se que ser um corpo deficiente em um novo paradigma é ser visto, aceito admirado e aplaudido pelas suas possibilidades e não pelas suas ausências e incapacidades. (GAIO e PORTO apud MARCO, 2006).

    Gaio e Porto (apud MARCO, 2006) nos trás a idéia de que as diferenças devem ser encaradas hoje como positivas e de fundamental importância na construção da identidade social dos seres humanos, pois contribui para uma vida de respeito, aceitação, acolhimento, companheirismo e reconhecimento.

    Zacharias (2007) diz que, existem vários tipos de deficiência, abaixo temos o modelo clínico combinado ao educacional:

Intelectuais: Superdotados; deficientes mentais: educáveis, treináveis, dependentes.
Desvios físicos: Deficientes físicos não sensoriais; deficientes físicos sensoriais: deficientes auditivos, deficientes visuais.
Psicossociais: Alunos com distúrbios emocionais, alunos com desajustes sociais.
Deficiência múltipla: Alunos com mais de um tipo de desvio
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1.1. Tipos de deficiência

    De acordo com o Ministério da Educação e do Desporto/ Mec (2007), essas são as classificações dos tipos de deficiência:


    1.1.1. Deficiência física

    "Variedade de condições não sensoriais que afetam o indivíduo em termos de mobilidade, de coordenação motora geral ou da fala, como decorrência de lesões neurológicas, neuromusculares e ortopédicas, ou ainda, de más-formações congênitas ou adquiridas".

    Costa (1992 apud UFRGS, INDESP, 1996) afirma que deficiência física é "toda e qualquer alteração no corpo humano, resultado de um problema ortopédico, neurológico ou de má formação, levando o indivíduo a uma limitação ou dificuldade no desenvolvimento de uma tarefa motora".
 


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